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domingo, 8 de julho de 2012

Participantes da Rio+20 consideram Brasil preparado para grandes eventos

A maioria dos estrangeiros que participou da Rio+20 considera que o Brasil está ou estará preparado para os grandes eventos que acontecerão no país, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. A informação foi divulgada nesta terça-feira, a partir de uma enquete feita pelo Governo Federal durante a conferência da ONU. De acordo com a pesquisa, 81% do público considera que, se depender dos serviços e infraestrutura turística, o Brasil está pronto para receber os eventos programados, que ainda incluem a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude, ambas em 2013.

O estudo, encomendado pela Embratur, ouviu 228 pessoas de 42 país, entre delegados e jornalistas estrangeiros que participaram da Rio+20, há duas semanas no Rio de Janeiro. A segurança foi avaliada positivamente por 72% dos participantes, a limpeza pública por 62%, os serviços de táxi por 63%, a telefonia e a internet por 46%.

Já 75% dos entrevistados qualificaram positivamente os restaurantes, enquanto 53% aprovaram os hoteis e 56% o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Sobre o tempo no país, 68% disseram que a experiência no Brasil superou as expectativas, 59% disseram que a imagem que tinham do país melhorou, enquanto 97% garantiram que pretendem realizar uma nova visita.

Apesar da satisfação, os visitantes assinalaram os altos preços que encontraram, as dificuldades com a língua e o trânsito, como aspectos que precisam ser melhorados. Para 81%, o trânsito do Rio de Janeiro foi sua pior experiência durante a conferência, e 59% apontaram a sinalização como regular ou inadequada.

"Os resultados mostram que as belezas naturais, a personalidade do brasileiro e a hospitalidade foram as características nacionais que mais citaram os participantes da Rio+20", afirmou o presidente da Embratur, Flavio Dino. A enquete ainda mostrou que um em cada cinco entrevistados aproveitou sua visita ao Rio de Janeiro para conhecer outras cidades do Brasil, principalmente São Paulo.


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Cérebro diferente pode explicar facilidade de homens em exatas

Em uma sala de aula de qualquer faculdade de informática, física, engenharia ou matemática, é evidente a predominância de estudantes do sexo masculino. Em compensação, cursos de comunicação e letras têm vagas preenchidas por mulheres, na sua maioria. Essa facilidade em uma ou outra área pode ter origem também biológica.

Segundo Bruno Campello de Souza, professor do pós-graduação no programa de psicologia cognitiva da Universidade Federal de Pernambuco, homens e mulheres têm algumas diferenças anatômicas no cérebro, o que pode explicar algumas diferenças funcionais - no caso, a facilidade para exatas. "Os homens vão ter vantagens em relação a raciocínio espacial e geométrico. De um modo geral, são melhores em tarefas geométricas", exemplifica.

Por outro lado, mulheres aprendem a ler e escrever mais cedo e, em geral, conta Souza, "são mais eficientes em tarefas envolvendo palavras e significados". Elas também têm maior facilidade de recuperar a fala depois de acidentes com traumas em regiões responsáveis por essa função. Isso não tem explicação científica definitiva, mas estudos mostram que homens têm o cérebro bem maior do que as mulheres - com algo em torno de 4 bilhões de neurônios a mais -, enquanto o corpo caloso, parte responsável pela comunicação entre os hemisférios cerebrais, é mais desenvolvido nelas. "A gente imagina que essas diferenças anatômicas devam resultar em diferenças funcionais, mas de que maneira não está claro ainda", conta o pesquisador.

Um estudo feito pela Universidade da Califórnia e pela Universidade do Novo México, nos Estados Unidos, aponta que uma das razões pelas quais homens e mulheres teriam diferentes desempenhos nas áreas de humanas e exatas pode, sim, ser biológica. A pesquisa concluiu que homens pensam mais com a área cinzenta do cérebro, enquanto mulheres usam mais a parte branca do órgão. A cinzenta é a área mais relacionada com o processamento de informações, e a branca, com a comunicação.

Outro ponto interessante apontado por Souza é que até certa idade escolar, perto do fim da infância, meninas apresentam desempenho mais satisfatório em todas as áreas, inclusive nas exatas, mas que esse quadro se inverte quando chega a puberdade. Ricardo Camelier, professor de matemática da escola e do cursinho pré-vestibular QI, do Rio de Janeiro, diz que percebe, em geral, um maior empenho das meninas em sala de aula e, consequentemente, melhores notas. Ele, que também leciona no curso de física da Universidade Federal do Rio de Janeiro, afirma que há ainda uma predominância masculina nas faculdades ligadas às exatas.

Ainda que haja mais facilidade masculina nas disciplinas de matemática e física, Souza deixa claro que fatores culturais e outras variáveis como o ambiente no qual a criança se desenvolve são determinantes na hora de escolher um curso superior.

Portanto, a maior facilidade em uma área não é a questão mais importante na hora de escolher uma carreira. Ele dá um exemplo próximo: "Eu tenho uma irmã mais nova que é engenheira. Geralmente, as meninas não se interessam por isso, mas como nasceu em uma família de engenheiros, ela fez engenharia, mestrado na área, e agora faz doutorado no Canadá. Então, esse elemento ambiental exerce grande influência".



Por: Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra


Bahia abre "fábrica" de mosquito da dengue transgênico

Com o objetivo de reforçar o combate ao inseto transmissor da dengue, doença que já afetou mais de 431 mil pessoas neste ano no Brasil, um criadouro de mosquitos geneticamente modificados foi inaugurado neste sábado na Bahia. A chamada "fábrica de mosquitos" custou R$ 1,7 milhão e foi financiada pelo governo do Estado da Bahia, com apoio do Ministério da Saúde.

Segundo o ministério, os mosquitos criados nessas instalações recebem injeções de diferentes vírus, que acabam sendo transmitidos no momento da reprodução e, por isso, conseguem matar as larvas antes mesmo de seu nascimento. A experiência já foi testada com sucesso na pequena cidade de Juazeiro, no interior do Estado, onde o número de mosquitos aedes aegypti foi reduzido 90% em seis meses, de acordo com os cálculos apresentados pelas autoridades.

O laboratório inaugurado hoje terá capacidade para criar quatro milhões de mosquitos por ano. Para comprovar o real impacto deste experimento, apoiado em técnicas já comprovadas por cientistas ingleses, os mosquitos modificados geneticamente serão libertados em uma cidade de médias dimensões.


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