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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Palestra na Escola Municipal Pedro Costa

Por: Sandoval Amorim
É importante iniciar o processo de sensibilização/conscientização Ambiental na infância nessa idade a criança absorve mais fácil as informações e crescem com uma postura pautada na sustentabilidade, na maioria das vezes eles se transformam em multiplicadores e acabam conscientizando até os adultos.

Esse trabalho está sendo desenvolvido em algumas escolas públicas de Ribeira do Pombal– Bahia. O objetivo principal do projeto é contribuir para desenvolver nas crianças habilidades e competência para cuidar do meio onde vivem, oferecendo oportunidades de aquisição de valores, conhecimentos, atitudes e interesse para preservar e proteger todas as formas de vida do planeta. Trata-se de palestras e discussões com os alunos para aquisição de informação e mudança de determinados hábitos e assim ter uma nova visão sobre a natureza, não apenas em relação ao ambiente distante, mas sobre cuidados com o corpo, com a casa, com a rua, o bairro, a cidade, o estado, o país e finalmente o planeta como um todo, ou seja, é o famoso: “agir localmente e pensar globalmente”.

Levando em conta todos esses aspectos, as crianças irão desenvolver conhecimentos sobre sua localidade, compreender como podem e devem exercer ali um importante papel social de melhoria da qualidade de vida no ambiente onde residem.

sábado, 4 de junho de 2011

Carta do Zé agricultor para Luis da cidade

Prezado Luis, quanto tempo!

Eu sou o Zé, teu colega de ginásio noturno, que chegava atrasado, porque o transporte escolar do sítio sempre atrasava, lembra né? O Zé do sapato sujo? Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais de meia légua para pegar o caminhão por isso o sapato sujava.

Se não lembrou ainda eu te ajudo. Lembra do Zé Cochilo... hehehe, era eu.. Quando eu descia do caminhão de volta pra casa, já era onze e meia da noite, e com a caminhada até em casa, quando eu ia dormi já era mais de meia-noite. De madrugada o pai precisava de ajuda pra tirar leite das vacas. Por isso eu só vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra né Luis?

Pois é. Estou pensando em mudar para viver ai na cidade que nem vocês. Não que seja ruim o sítio, aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro... Só que acho que estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos ai da cidade. To vendo todo mundo falar que nós da agricultura familiar estamos destruindo o meio ambiente.


Veja só. O sítio de pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar de estudar) fica só a uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes por dentro uma tal de APPA que criaram aqui na vizinhança.

Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos, uma maravilha, mas um homem do governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. Se ele falou deve ser verdade, né Luis?


Pra ajudar com as vacas de leite (o pai se foi, né .) contratei Juca, filho de um vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo direitinho como o contador mandou. Ele morava aqui com nós num quarto dos fundos de casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas aqui, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, elas falaram que se o Juca fosse tirar leite das vacas às 5 horas tinha que receber hora extra noturna, e que não podia trabalhar nem sábado nem domingo, mas as vacas daqui não sabem os dias da semana ai não param de fazer leite. Ô, bichos aí da cidade sabem se guiar pelo calendário?

Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca, e disseram que o beliche tava 2 cm menor do que devia. Nossa! Eu não sei como encumpridar uma cama, só comprando outra né Luis? O candeeiro eles disseram que não podia acender no quarto, que tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador pra ter luz boa no quarto do Juca.

Disseram ainda que a comida que a gente fazia ecomia juntos tinha que fazer parte do salário dele. Bom Luis, tive que pedir ao Juca pra voltar pra casa, desempregado, mas muito bem protegido pelos sindicatos, pelo fiscais e pelas leis. Mas eu acho que não deu muito certo. Semana passada me disseram que ele foi preso na cidade porque botou um chocolate no bolso no supermercado. Levaram ele pra delegacia, bateram nele e não apareceu nem sindicato nem fiscal do trabalho para acudi-lo.

Depois que o Juca saiu eu e Marina (lembra dela, né?casei) tiramos o leite às 5 e meia, ai eu levo o leite de carroça até a beira da estrada onde o carro da cooperativa pega todo dia, isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou aos porcos, ou melhor, eu dava, hoje eu jogo fora.

Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros. Disse que eu tinha que derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de digestor. Achei que ele tava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns trinta dia pra fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e pra poder pagar eu tive que vender os porcos as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com as vacas. O promotor disse que desta vez, por esse crime, ele não ai mandar me prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas pro orfanato da cidade. Ô Luis, ai quando vocês sujam o rio também pagam multa grande né?

Agora pela água do meu poço eu até posso pagar, mas tô preocupado com a água do rio. Aqui agora o rio todo deve ser como o rio da capital, todo protegido, com mata ciliar dos dois lados. As vacas agora não podem chegar no rio pra não sujar, nem fazer erosão. Tudo vai ficar limpinho como os rios ai da cidade. A pocilga já acabou, as vacas não podem chegar perto. Só que alguma coisa tá errada, quando vou na capital nem vejo mata ciliar, nem rio limpo. Só vejo água fedida e lixo boiando pra todo lado.

Mas não é o povo da cidade que suja o rio, né Luis? Quem será? Aqui no mato agora quem sujar tem multa grande, e dá até prisão. Cortar árvore então, Nossa Senhora!. Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e tava morrendo, então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da casa.

Fui no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém, fui no Ibama da capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vim fazer um laudo, para ver se depois podia autorizar. Passaram 8meses e ninguém apareceu pra fazer o tal laudo ai eu vi que o pau ia cair em cima da casa e derrubei. Pronto! No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma intimação do
Promotor porque virei criminoso reincidente. Primeiro foi os porcos, e agora foi o pau. Acho que desta vez vou ficar preso.

Tô preocupado Luis, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de 500 a 20 mil reais por hectare e por dia. Calculei que se eu for multado eu perco o sítio numa semana. Então é melhor vender, e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia. Vou para a cidade, ai tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazer nada errado, só falei dessas coisas porque tenho certeza que a lei é pra todos.

Eu vou morar ai com vocês, Luis. Mais fique tranqüilo, vou usar o dinheiro da venda do sítio primeiro pra comprar essa tal de geladeira. Aqui no sitio eu tenho que pegar tudo na roça. Primeiro a gente planta, cultiva, limpa e só depois colhe pra levar pra casa. Ai é bom que vocês e só abrir a geladeira que tem tudo. Nem dá trabalho, nem planta, nem cuida de galinha, nem porco, nem vaca é só abri a geladeira que a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem precisá de nós, os criminosos aqui da roça.

Até mais Luis!

Ah, desculpe Luis, não pude mandar a carta com papel reciclado pois não existe por aqui, mas me aguarde até eu vender o sítio.


Autor: Luciano Pizzatto. É engenheiro florestal, especialista em direito socioambiental e empresário, diretor de Parques Nacionais e Reservas do IBDF/IBAMA 88/89, deputado desde 1989, detentor do 1º Prêmio Nacional de Ecologia.

(Todos os fatos e situações de multas e exigências são baseados em dados verdadeiros. A sátira não visa atenuar responsabilidades, mas alertar o quanto o tratamento ambiental é desiqual e discricionário entre o meio rural e o meio urbano.)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O feitiço da dengue virou contra o feiticeiro

Isso mesmo! Em busca de um novo método para a erradicação da dengue, pesquisadores desenvolveram uma versão geneticamente modificada do inseto. O mosquito transgênico gera filhotes que não chegam à fase adulta. A modificação faz com que seus filhotes produzam uma proteína que causa a morte ainda no estágio larval ou de pupa (a fase de casulo). Para isso, os pesquisadores misturaram material genético de drosófilas, as famosas moscas-das-frutas, ao do A. aegypti. Na Malásia, país do sudeste asiático que também sofre com a dengue, a mesma prática foi usada recentemente. Uma vez liberados, os machos do Aedes aegypti transgênicos irão se reproduzir com as fêmeas e com o tempo, isso deve reduzir a população local de insetos.


Fonte: Jornal Floripa

Cientistas reproduzem mecanismo de quebra de celulose dos ruminantes

Quem observa uma vaca pastando pode imaginar que as plantas são presas fáceis para os herbívoros. Afinal, a planta fica lá quietinha, fixa ao solo, incapaz de reagir, enquanto a vaca abocanha o pedaço que melhor lhe apetece. A verdade é que não é tão simples. Ao longo de milhões de anos de evolução as plantas aprenderam a “esconder” seu alimento dos predadores herbívoros. No organismo dos vegetais, as unidades de açúcar (o alimento produzido pelas plantas e desejado por vacas, cavalos e outros bichos) estão emendadas como um colar de pérolas, produzindo um polímero chamado celulose. O problema é que os animais não conseguem quebrar esse polímero para abocanhar o açúcar. As vacas, por exemplo, absorvem menos da metade do açúcar disponível nas plantas que engole – isso mesmo contando com a ajuda fungos que habitam seu organismo e que tem o poder de degradar a celulose. O restante vai embora pelas fezes. Eis que entra o homem nessa história. Um grupo de cientistas isolou os genes das enzimas produzidas por esses fungos que fazem a quebra da celulose. A idéia é usá-las não para melhorar a vida das vacas, mas a do próprio homem. Com o domínio dessas enzimas será possível aproveitar o açúcar desperdiçado no bagaço de cana e em outras fontes de biomassa – sim, a celulose é tão forte que até as usinas de cana desperdiçam açúcar – gerando muito mais energia, inclusive, combustível de celulose.

Fonte: Estado.com.br

Palestra: Escola Municipal Adélia Costa

Sem dúvida nos dois últimos séculos o mundo vem passando por uma série de transformações, provocadas principalmente pelo crescimento populacional e consequentemente pelo consumismo exacerbado de produtos industrializados.




Não é atoa que somos denominados de sociedade do consumo, onde o sistema econômico vigente através dos meios de comunicação induz a sociedade a comprar produtos supérfluos que não terá nenhuma utilidade e rapidamente vai parar no lixo. Além dos produtos eletrônicos que a cada dia são lançados com as mais novas tecnologias induzindo a sociedade a substituir sempre seus produtos seminovos por um produto mais recente.


É importante tentar sensibilizar as crianças e criar uma sociedade consciente na perspectiva de mudar os altos índices de degradação ambiental, só assim poderemos criar uma sociedade sustentável.



Por: Sandoval Amorim