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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

CAATINGA ESTÁ SENDO DESTRUÍDA MAIS RÁPIDO DO QUE A AMAZÔNIA, DIZ MINC


Lisiane Wandscheer

Brasília, DF - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse nessa quarta-feira (29), no lançamento do Mapa das Unidades da Caatinga em Terras Indígenas, que o bioma é um dos mais ameaçados, menos estudados e menos protegidos do país.

Na ocasião, foi assinado um plano de ação entre o Ministério do Meio Ambiente, a Fundação Chico Mendes e a organização não-governamental The Nature Conservancy (TNC) para promover a criação e a consolidação de unidades de conservação na caatinga, a seleção de áreas prioritárias à conservação desse bioma e a elaboração da lista de regiões onde serão feitos estudos até dezembro de 2010.

“O mundo inteiro se preocupa com a Amazônia, nós também nos preocupamos com a Amazônia, mas a caatinga e o cerrado têm pouca proteção. A caatinga está sendo destruída num ritmo mais acelerado que a Amazônia. Eu não quero que daqui a alguns anos o que restou de caatinga vire deserto”, afirmou Minc, referindo-se ao dado de que 62% das áreas com tendência à desertificação estão em zonas originalmente ocupadas pela caatinga.

O ecossistema, exclusivamente brasileiro, ocupa 11% (844.453 quilômetros quadrados) do território nacional, abrangendo parte dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e o norte de Minas Gerais. Esse bioma é responsável por grande riqueza de ambientes e espécies, com 932 tipos de plantas, 148 mamíferos e 510 aves.

O mapeamento das unidades de proteção mostrou que, atualmente, 7% da área estão protegidos, mas apenas 1% está em unidades de proteção e reservas indígenas. Os demais 6% fazem parte das Áreas de Proteção Ambiental (APAs), que não são consideradas de proteção efetiva.

O grande impacto da caatinga no meio ambiente decorre da extração de lenha para uso doméstico, para a produção de cerâmica e em siderúrgicas na Região Sudeste, mas é possível fazer o uso sem destruir o bioma, destaca a representante da TNC no Brasil, Ana Cristina de Barros.

“Publicações mostram que se pode extrair lenha da caatinga sem destruí-la, basta que se tenha uma taxa baixa de exploração da madeira para dar tempo à caatinga de crescer novamente. Isto chama-se sustentabilidade. Você tira um pouquinho e a natureza repõe”, afirma Ana Cristina.

Fonte: Envolverde / Agência Brasil.

CRISE CLIMÁTICA VAI TORNAR REGIÕES DO NORDESTE MAIS POBRES, COM MAIS FOME E COM MENOS GENTE


As mudanças climáticas previstas para atingir o Brasil nas próximas décadas devem deixar áreas hoje já vulneráveis no Nordeste ainda mais pobres, com mais fome e com menos gente. Em linhas gerais, essa é a conclusão de um estudo, lançado hoje por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Fiocruz, que buscou avaliar os impactos que o aquecimento global terá sobre as migrações e a saúde na região.

Giovana Girardi

Os pesquisadores trabalharam com a premissa, apontada em agosto por estudo da Embrapa e da Unicamp, de que o aumento das temperaturas vai reduzir as áreas de baixo risco para a agricultura em todo o País, principalmente no Nordeste. A nova pesquisa detalhou essa perda agrícola e calculou os prejuízos econômicos e sociais que ela vai causar. Pelas contas, o aquecimento deve promover uma redução de 11,4% no PIB da região até 2050. Isso deve ser resultado da redução expressiva da área agricultável. Os Estados mais afetados, segundo o trabalho, deverão ser Ceará (-79,6% de terra apta), Piauí (-70,1%), Paraíba (-66,6%) e Pernambuco (-64,9%). Esses números valem para o pior cenário, que prevê aumento de 4°C na temperatura do Nordeste até 2070.

“Desde o início, tínhamos noção de que o impacto climático seria grande, mas os números foram maiores do que esperávamos”, afirmou o economista Ricardo Ruiz, da UFMG. “E, na minha opinião, esse impacto nos PIBs está subestimado porque só avaliamos os danos à agricultura, sem considerar geração de energia e oferta de água.”

A expectativa é que a dificuldade de cultivo, e o conseqüente prejuízo à segurança alimentar, acabem piorando as condições socioeconômicas daquelas populações e aumentem as migrações do sertão para o litoral e para outros Estados, em especial do Centro-Oeste e do centro-norte, mas também do Sudeste. Esta região - que nos últimos anos vem presenciando uma volta dos nordestinos que vieram nos anos 70 - deve receber novas ondas migratórias.

“Pela tendência da região, continuariam ocorrendo migrações nos próximos anos mesmo sem o choque climático. Mas o que vimos é que, com o aquecimento, elas serão mais significativas”, comenta Alisson Barbieri, da UFMG, um dos coordenadores do estudo. Ele trabalhou com a chamada taxa líquida de migração, que é a relação entre a quantidade de pessoas que migram e a população do município. Sem a elevação da temperatura, ela seria em média de - 0,29%, contra -0,39% com o aquecimento. Até 2040, o Nordeste deve perder 247 mil habitantes. Os principais pontos de partida devem ser as regiões metropolitanas do Recife (PE) e de João Pessoa (PB) e a capital Teresina (PI).

A locomoção de pessoas e o aumento das temperaturas e da aridez devem elevar também o Índice Geral de Vulnerabilidade, que mostra quão sensível é uma população a epidemias e à seca. No pior cenário de aquecimento, novamente Ceará e Pernambuco estarão entre os mais vulneráveis.



quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

1º DE DEZEMBRO DIA MUNDIAL DE COMBATE A AIDS: ALUNOS DO PAULO SOUTO REALIZAM PANFLETAGEM

No dia 01 de dezembro foi o dia de luta contra AIDS, os alunos do Colégio Estadual Governador Paulo Souto realizaram mais um trabalho escolar junto à sociedade de Ribeira do Pombal. Eles confeccionaram e distribuiram panfletos, folhetos e folder informativo com o objetivo de levar informações sobre as formas de transmissão e prevenção da doença. Apesar de tantas propagandas nos meios de comunicação ainda falta muito para que os índices de contaminação possam diminuir. Em nossa cidade com quase 50 mil habitantes segundo Dr. Celso o número de soro positivos que recebem o coquetel já ultrapassam 300 pessoas, baseado nesses dados podemos estimar que o número de pessoas contaminadas seja bem maior, pois muitos podem está infectado mais ainda não sabem ou não procuraram orientação médica.

Segundo o Ministério da Saúde, o preconceito e a discriminação contra as pessoas vivendo com HIV/Aids são as maiores barreiras no combate à epidemia, ao adequado apoio, à assistência e ao tratamento da Aids e ao seu diagnóstico. Os estigmas são desencadeados por motivos que incluem a falta de conhecimento, mitos e medos. Ao discutir preconceito e discriminação, o Ministério da Saúde espera aliviar o impacto da Aids no País. O principal objetivo é prevenir, reduzir e eliminar o preconceito e a discriminação associados à Aids. O Brasil já encontrou um modelo de tratamento para a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, que hoje é considerado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) uma referência para o mundo. Agora nós, brasileiros, precisamos encontrar uma forma de quebrarmos os preconceitos contra a doença e seus portadores e sermos mais solidários do que somos por natureza. Acabar com o preconceito e aumentar a prevenção devem se tornar hábitos diários de nossas vidas.

O que é Aids

Uma deficiência no sistema imunológico, associada com a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana HIV – (Human Immunodeficiency Virus), provocando aumento na susceptibilidade a infecções oportunistas e câncer.

Transmissão:
- o vírus HIV pode ser transmitido pelo sangue, sêmen, secreção vaginal, leite materno;
- relações sexuais homo ou heterossexuais, com penetração vaginal, oral ou anal, sem proteção da camisinha, transmitem a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis e alguns tipos de hepatite;
- compartilhamento de seringas entre usuários de drogas injetáveis;
- transfusão de sangue contaminado;
- instrumentos que cortam ou furam, não esterilizados;
- da mãe infectada para o filho, durante a gravidez, o parto e a amamentação.

Tratamento:
Atualmente a terapia com os chamados “anti-retrovirais” proporciona melhoria da qualidade de vida, redução da ocorrência de infecções oportunísticas, redução da mortalidade e aumento da sobrevida dos pacientes. (Os anti-retrovirais são medicamentos que suprimem agressivamente a replicação do vírus HIV).

Fique sabendo:
A Aids não é transmitida pelo beijo, abraço, toque, compartilhando talheres, utilizando o mesmo banheiro, pela tosse ou espirro, praticando esportes, na piscina, praia e, antes de tudo, não se pega AIDS dando a mão ao próximo, seja ele ou não soropositivo.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Projeto: “Nossos Bichos Nossa Mata”


Domingo dia 30/11/2008, os alunos do ensino médio do Colégio Estadual Governador Paulo Souto, realizaram uma pesquisa de campo no Zoológico e no Oceanário da cidade de Aracaju – Sergipe. O projeto foi elaborado pelo professor Sandoval Amorim com objetivo de levantamento de dados sobre a fauna e a flora que compõem os ecossistemas do Brasil, principalmente a Mata Atlântica já que o Zoológico ou Parque da Cidade é uma reserva desse bioma.

No oceanário os alunos puderam pesquisar várias espécies de peixes além da grande variedade de animais invertebrados tais como: ouriços-do-mar, estrela-do-mar, pepino-do-mar, lírios-do-mar, pitu, lagosta, siri, caranguejo etc. O que mais chamou a atenção dos alunos foram os animais exóticos como é o caso do peixe-morcego, o cavalo-marinho e as rêmoras.
A pesquisa foi coordenada pelos professores: Sandoval Amorim e Reinilson Soares.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

JORNALISTA FRANCESA ACUSA A EMPRESA DE PRÁTICAS MAFIOSAS.


A jornalista francesa Marie-Monique Robin, que acaba de publicar na Espanha um ensaio sobre a multinacional de sementes transgênicas Monsanto, à qual acusa de práticas "mafiosas", diz que não sabe se seu livro "é de terror, mas dá muito medo, pois, infelizmente, tudo o que está lá é verdade".

"Le Monde Selon Monsanto" -- "O Mundo Segundo a Monsanto", em português -- é o irônico título escolhido para um livro no qual ela denuncia, com documentos inéditos e testemunhos de muitas "vítimas", a "impunidade diabólica" da multinacional americana que comercializa "produtos tóxicos", afirma a autora em entrevista à Agência Efe.

As acusações de Robin à Monsanto vão vender sementes geneticamente modificadas que não demonstraram sua "inocuidade tóxica" e que devem ser tratadas com adubos e pesticidas da mesma empresa, "igualmente tóxicos", em um ciclo monopolístico.

Segundo a especialista, o ciclo não acaba somente com a biodiversidade do local onde é implantado, mas também não garante melhores colheitas e empobrece os terrenos.

A jornalista se reuniu durante três anos com políticos, camponeses e cientistas, alguns dos quais "sofreram na própria pele o 'efeito Monsanto'".

Muitos deles sofreram represálias e foram despedidos devido às investigações sobre o risco dos produtos geneticamente modificados e outros adquiriram algum tipo de câncer pelo contato com eles.

A companhia, lembra Robin, comercializa 90% dos cultivos transgênicos do mundo, com 8,6 bilhões de euros -- aproximadamente 26 bilhões de reais -- de faturamento em 2007.

É a maior vendedora de sementes na América Latina, Ásia, Estados Unidos e Canadá, e entre seus "feitos" químicos está a fabricação do "agente laranja", um devastador pesticida utilizado pelos Estados Unidos na Guerra do Vietnã.

Robin afirma que a multinacional tem dezenas de processos penais contra ela no mundo todo, devido a problemas de saúde gerados por seus produtos, mas também por causa de práticas de monopólio.

Segundo a jornalista, a multinacional se comporta como uma estrutura saída da mente de George Orwell -- autor do livro "1984", que retrata um regime autoritário de uma sociedade de vigilância --, já que tem uma "meta totalitária e monopolística" e utiliza métodos muito semelhantes aos da máfia.

O livro faz um percurso pelas relações entre os políticos encarregados de redigir a regulamentação sobre transgênicos e as empresas do setor, com casos de membros da administração pública nos EUA que, após promover leis permissivas a esses produtos, para reduzir os testes toxicológicos, passaram para o outro lado, um inclusive como "vice-presidente" da multinacional.

Fonte: 3Setor / G1.

CIENTISTAS CATALOGAM MAIS DE 1,2 MIL ESPÉCIES DA ANTÁRTIDA


Cientistas alemães e britânicos elaboraram o primeiro inventário detalhado de animais marinhos e terrestres de um grupo de ilhas da Antártida.

Segundo pesquisadores, vida marinha da região é muito rica
A equipe formada por estudiosos da Universidade de Hamburgo, na Alemanha, e do instituto British Antarctic Survey (BAS) conseguiu contar mais de 1,2 mil espécies nas ilhas de South Orkney, incluindo cinco novas espécies.

"Esta é a primeira vez que algo assim é feito, não apenas na Antártida, mas nas duas regiões polares", diz David Barnes, autor da pesquisa e membro do BAS.

Barnes conta que foi surpreendente encontrar tantos animais nas ilhas pesquisadas.

"Das 1224 espécies registradas, havia 50 tipos ou gêneros de animais, muito mais do que encontramos em um único lugar antes", disse o pesquisador.

"Ao obtermos o número real de animais que vivem aqui, podemos monitorar como eles vão reagir à mudança climática, pois eles estão em uma das áreas que estão esquentando mais rapidamente no planeta", acrescentou.

As informações foram publicadas na revista Journal of Biogeography.

Galápagos

Os pesquisadores analisaram obras científicas sobre o assunto de mais de cem anos atrás, além de pesquisas mais recentes.

A conclusão foi de que existiam 1.224 espécies no total, das quais 1.026 foram encontradas em águas da Antártida, incluindo ouriços do mar, vermes, crustáceos e moluscos.

"Se analisarmos outros arquipélagos do mundo que também são isolados, podemos ver que as ilhas South Orkney são, na verdade, mais ricas do que Galápagos em número de espécies que encontramos no mar", disse Barnes à BBC.

"Existe a crença de que existe muita riqueza de vida nos trópicos e que isso vai diminuindo nas áreas temperadas e nas regiões polares", acrescentou. "Isso ocorre porque enxergamos a vida do ponto de vista terrestre e, quando observamos a Antártida e o Ártico, vemos apenas gelo."

"Mas, abaixo da superfície do oceano, existe um ambiente incrivelmente rico, e mergulhar lá é um pouco como mergulhar em um recife de corais", completou o pesquisador.

Décadas de estudo

A equipe também descobriu cinco espécies novas, incluindo animais parecidos com musgo e "insetos" marinhos.

"Esta é uma das áreas mais bem estudadas na Antártida, pois equipes de biólogos estão analisando o local continuamente durante décadas", afirmou Barnes.

Os cientistas agora vão usar o inventário para tentar monitorar como a região reagirá a mudanças ambientais no futuro.

"Se estamos tentando analisar a mudança através do tempo, e tentando relacionar quantidades diferentes de mudanças nas coisas, como resposta ao aquecimento regional ou à acidificação do oceano, é necessário ter este tipo de referência e também é preciso que esta referência seja confiável", conclui Barnes.

Fonte: Estadão Online Ciência / BBC Brasil.