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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Biorrefinaria vai recuperar resíduos da indústria de lacticínios

O Departamento de Engenharia Biológica (DEB) da Universidade do Minho, em parceria com a pin-off Biotempo – Consultoria em Biotecnologia, desenvolveu uma tecnologia que permite a recuperação e valorização dos resíduos da indústria de lacticínios.

Esta biorrefinaria transforma o soro do queijo em mais de uma dezena de produtos com valor acrescentado a serem utilizados em vários sectores de produção, desde a alimentação à saúde, passando pela cosmética. A biorrefinaria já está em fase de testes, estando prevista ainda para este ano a construção de uma unidade à escala industrial, situada no Brasil.

A tecnologia desenvolvida permite que os subprodutos sejam totalmente recuperados e transformados em vários produtos de valor acrescentado. Os produtos obtidos incluem concentrados proteicos para o sector alimentar, prébióticos, bioetanol, lactose refinada e água ultrapura para a indústria farmacêutica, bem como sais para a indústria agrícola.

A biorrefinaria terá a capacidade para tratar diariamente um milhão de litros de resíduos, principalmente o soro do queijo, mas também o leite e o iogurte estragado ou fora de prazo. As águas residuais resultantes da lavagem de máquinas e camiões e a biomassa produzida serão introduzidas numa unidade de digestão anaeróbia e transformadas em biogás para a posterior produção de energia eléctrica.

“O processo desenvolvido vai ter um impacto económico relevante nesta região, uma vez que permitirá acrescentar valor a um subproduto que, actualmente, é um problema ambiental grave. A capacidade instalada, a tecnologia pioneira e as características dos produtos obtidos, bem como a ausência de efluentes garantem o sucesso desta biorrefinaria que se espera que venha a constituir uma unidade industrial de referência no sector lácteo”, segundo explicou José Teixeira, professor catedrático do DEB e coordenador científico do projecto.

Por: Ciênciahoje






quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Veneno de aranha pode tratar disfunção erétil, diz estudo mineiro

Marcellus Madureira
Direto de Belo Horizonte

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) encontraram em uma aranha armadeira, um dos aracnídeos mais venenosos do mundo, a solução para os problemas de vários homens do planeta. É testado pelos estudiosos a utilização do veneno da espécie para o tratamento da disfunção erétil.

Segundo os pesquisadores, a ideia começou após relatos das pessoas que eram picadas pela aranha e chegavam aos hospitais com ereção. Foi observado que na maioria dos casos isso acontecia.

Os primeiros testes aconteceram, com sucesso, em ratos. De acordo com a professora Maria Elena de Lima, do departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), foi necessário isolar uma toxina que provoca a ereção e injetaram nos ratos. Logo após eles reduziram os efeitos colaterais, que poderiam inclusive afetar o coração.

Para que os efeitos sejam reduzidos, uma pomada está sendo criada por uma aluna de doutorado da Faculdade de Farmácia da UFMG. Com essa nova fórmula será possível que os problemas para os usuários sejam mínimos. Os testes podem custar agora mais de R$1 bilhão. A expectativa é que em até 10 anos o novo “remédio” seja comercializado para os homens.

Maria Elena garante que a pesquisa ajudará as pessoas com esses problemas e poderá ser um remédio importante para auxiliar na doença. “Essa descoberta poderá resultar em um medicamento nacional. Podemos dizer que será equivalente ao Viagra”, afirmou.

A aranha armadeira pode ser encontrada em vários cantos de Minas Gerais, sempre em locais com muito entulho ou embaixo de troncos de madeiras em estado de decomposição.