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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Visita ao recife de coral


À primeira vista, eles parecem pedras, mas são... Animais!

Você assistiu ao filme Procurando Nemo ? Já ouviu falar nele? Esse desenho animado conta a história de um peixe-palhaço que vivia no oceano, mas foi capturado por mergulhadores, o que levou seu pai a sair à sua procura. O filme mostra que Nemo acabou sendo levado para um aquário, um lugar bem menos atrativo do que o seu antigo lar: um recife de coral, onde o peixe-palhaço vivia na companhia de muitos animais marinhos. Como no desenho, os recifes de coral estão presentes nos oceanos e são habitados por peixes multicoloridos, além de vários outros animais. Então, vamos saber mais sobre os recifes?

À primeira vista, os recifes de coral podem parecer pedras, com plantas presas à sua superfície, que servem de abrigo para um monte de bichos do mar. Mas, na verdade, os recifes de coral são formados por... Animais!

Pois é. Assim como as águas-vivas e as anêmonas, o que nós costumamos chamar de coral é um tipo de animal marinho conhecido como cnidário. Os cnidários apresentam tentáculos com estruturas que os auxiliam a se alimentar, pois contêm substâncias tóxicas capazes de paralisar as suas presas.

Os recifes de coral, como o próprio nome indica, são grandes colônias formadas pelos animais marinhos conhecidos como corais. Nem todo coral, porém, é capaz de formar recifes: somente os que apresentam algas microscópicas chamadas zooxantelas, que têm um papel fundamental na sua sobrevivência. Quando um recife de coral é formado, no entanto, algas e animais marinhos só têm a comemorar. Afinal, encontram ali moradia e abrigo.

Aqui há recifes!

Os recifes de coral se desenvolvem exclusivamente nas áreas do oceano que estão entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio, onde a temperatura é de 20 a 28 graus. Para a formação dos recifes, as águas devem ser claras e rasas, pois alguns corais alimentam-se de um modo bastante particular.

Embora muitos corais sejam carnívoros – isto é, se alimentem de outros animais –, o que eles conseguem capturar para comer não é suficiente para garantir a sua sobrevivência. Então, muitos tipos de corais dependem de uma interação com as zooxantelas, as algas microscópicas que vivem junto a eles. Essas microalgas retiram o gás carbônico da água e produzem alimento para os corais por meio da fotossíntese: o processo que permite às plantas produzir o seu próprio alimento pelo uso da energia solar e do gás carbônico. Em troca, os corais oferecem abrigo, proteção e alguns nutrientes que a água do mar não pode oferecer. Uma parceria perfeita que só pode acontecer com eficiência se o recife de coral se formar em águas claras e rasas, garantindo, assim, às microalgas o acesso à luz, um requisito fundamental para que ocorra a fotossíntese.

Mas por que os recifes de coral, apesar de serem formados por animais, parecem tanto com pedras? Isso acontece porque, ao longo da sua vida, cada indivíduo do coral capta compostos presentes na água – como gás carbônico e cálcio – e libera uma substância chamada carbonato de cálcio, que vai dando origem a uma estrutura que fica com a aparência semelhante à de uma rocha. Essa estrutura forma o que poderíamos chamar de esqueleto do coral, por dar sustentação a ele. Quando o coral morre, essa estrutura permanece no local. Sobre ela, crescem novos corais, que produzem mais carbonato de cálcio, aumentando, assim, gradativamente, o tamanho dos recifes.

Ana Caroline Paiva Gandara
Instituto de Bioquímica Médica, e
Iana Barbosa Rodrigues
Instituto de Biologia,
Universidade Federal do Rio de Janeiro

3 comentários:

  1. tem assuntos bem interessantes!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! amei

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  2. Olá!
    Andando pela internet encontrei seu blog com meu texto!
    Fiquei super orgulhosa, obrigada!!!
    Beijos
    Ana C P Gandara

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