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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Tragédia em Angra dos Reis poderia ter sido evitada com mapeamento e gestão das áreas de risco, acreditam especialistas da ABMS


As consequências trágicas dos recentes deslizamentos ocorridos na região de Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro, poderiam ter sido evitadas ou minimizadas com o mapeamento e a gestão das áreas de risco. É o que sustentam os especialistas da ABMS, entidade de caráter técnico e científico, que reúne engenheiros geotécnicos cujo trabalho é voltado à estabilidade de encostas, construção de barragens, fundações e outras obras de infraestrutura. Para falar do assunto, a ABMS indica o professor Willy Lacerda, engenheiro carioca que presidiu a entidade e é um renomado especialista no assunto. Ele participou dos estudos da ABMS sobre os deslizamentos ocorridos em novembro de 2008 em Santa Catarina, que culminaram na “Carta de Joinville”, documento em que a entidade propõe uma série de medidas preventivas para mapeamento e gestão das áreas de risco em âmbito nacional. A ABMS é presidida pelo engenheiro Jarbas Milititsky.

“Até quando as autoridades vão assistir impassíveis a estas tragédias anunciadas sem tomar providências que podem salvar vidas?”, questiona o engenheiro e professor Willy Lacerda, ex-presidente da ABMS (Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica). Lacerda participou dos estudos da entidade sobre os deslizamentos de novembro de 2008, em Santa Catarina, que culminaram na “Carta de Joinville”.

Neste documento, apresentado em fevereiro de 2009, a ABMS já apontava que “tragédias como a de Santa Catarina podem ocorrer em outros locais deste imenso país, com solos e clima que criam ambientes com grande possibilidade de escorregamentos”. Para evitar a repetição desses fatos, a ABMS propôs na “Carta” o mapeamento e a gestão das áreas de risco, em um trabalho de âmbito nacional. Clique aqui para ter acesso à Carta de Joinville.

Willy Lacerda entende também que as prefeituras de cidades com problemas recorrentes de deslizamentos precisam elaborar leis que disciplinem a construção de edificações em encostas e implantar departamentos técnicos qualificados para lidar com o problema, fazendo o mapeamento e a gestão das áreas de risco, removendo a população para regiões mais seguras e impedindo a expansão de moradias em encostas que apresentem riscos de deslizamentos. "As prefeituras, com raríssimas exceções, não dispõem, em seu quadro técnico, de um profissional com especialização em geotecnia", lembra o engenheiro.

Da ABMS (www.abms.com.br) participam engenheiros geotécnicos e empresas especializadas em obras de infraestrutura, como portos, barragens, fundações, túneis. É uma entidade sem fins lucrativos, criada em 1950, e voltada ao desenvolvimento da Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica no Brasil.

Fonte: Helvio Falleiros
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