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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Cientistas reproduzem mecanismo de quebra de celulose dos ruminantes

Quem observa uma vaca pastando pode imaginar que as plantas são presas fáceis para os herbívoros. Afinal, a planta fica lá quietinha, fixa ao solo, incapaz de reagir, enquanto a vaca abocanha o pedaço que melhor lhe apetece. A verdade é que não é tão simples. Ao longo de milhões de anos de evolução as plantas aprenderam a “esconder” seu alimento dos predadores herbívoros. No organismo dos vegetais, as unidades de açúcar (o alimento produzido pelas plantas e desejado por vacas, cavalos e outros bichos) estão emendadas como um colar de pérolas, produzindo um polímero chamado celulose. O problema é que os animais não conseguem quebrar esse polímero para abocanhar o açúcar. As vacas, por exemplo, absorvem menos da metade do açúcar disponível nas plantas que engole – isso mesmo contando com a ajuda fungos que habitam seu organismo e que tem o poder de degradar a celulose. O restante vai embora pelas fezes. Eis que entra o homem nessa história. Um grupo de cientistas isolou os genes das enzimas produzidas por esses fungos que fazem a quebra da celulose. A idéia é usá-las não para melhorar a vida das vacas, mas a do próprio homem. Com o domínio dessas enzimas será possível aproveitar o açúcar desperdiçado no bagaço de cana e em outras fontes de biomassa – sim, a celulose é tão forte que até as usinas de cana desperdiçam açúcar – gerando muito mais energia, inclusive, combustível de celulose.

Fonte: Estado.com.br

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